quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O MINISTÉRIO DA PRESIDÊNCIA

O presidente da assembléia litúrgica

Na missa e na celebração dos sacramentos, o presidente da assembléia é o bispo ou
o padre. Ele representa na assembléia reunida o Cristo cabeça de sua Igreja: Cristo que vem até nós, da parte do Pai, para nos salvar e transformar, e Cristo que nos representa junto do Pai e intercede por nós. Por isso, ele tem seu lugar frente ao povo, na cadeira do presidente.

Porém, como “cabeça” ele não pode estar desligado do “Corpo”:

Há muitas celebrações que podem ser feitas mesmo sem a presença de um bispo ou padre: celebrações da Palavra, celebrações penitenciais, vias-sacras, novenas etc. Poderão ser presididas por um outro ministro indicado pelo padre ou pelo bispo: ministro da palavra, ou ministro extraordinário da comunhão eucarística, ou um acólito, ou um catequista, ou por outra pessoa, ou mesmo por uma pequena equipe coordenadora.

O presidente inicia e encerra as celebrações. Ele faz as orações ao Pai, em nome de todo o povo. Ele coordena todos os ministérios. Deve ser como um bom pai ou uma boa mãe, imagem do amor do Pai. Por isso, ele deve sugerir uma presença viva de Jesus Cristo: pelo seu modo de comunicar, pelos seus gestos, tom de voz, atenção às pessoas, pelo anúncio da Palavra ligada às circunstâncias concretas da vida, da comunidade, pela denúncia daquilo que atrapalha o crescimento do Reino, pelo seu modo de se dirigir ao Pai em oração.

O presidente não se coloca acima da comunidade, nem faz tudo sozinho. Preocupa-se em fazer com que toda a comunidade se torne um povo celebrante, ativo e participante, um povo sacerdotal.

Ele não celebra sozinho, não celebra para o povo ou em favor do povo. Quem celebra é todo o povo. O presidente deve, pois, celebrar com o povo, sabendo-se parte dele. Deve ouvir a palavra, cantar, rezar, comprometer-se com Jesus Cristo, junto com todo o povo e ajudá-lo a fazer o mesmo.

O presidente ou dirigente de uma celebração da Palavra ou outra celebração pode ser homem ou mulher. Podemos viver plenamente a novidade evangélica de que em Cristo não existe discriminação por causa da raça, condição social ou sexo. Deste modo, os dons e carismas que o Espírito Santo concede com tanta largueza a homens e mulheres,podem aflorar também na liturgia para o bem de todo o povo de Deus.

A função do presidente é simbolizar a presidência de Cristo. A presidência é, antes de tudo, um símbolo que dá vida a qualquer grupo. Não funciona isoladamente, mas é garantia de participação de todos, pois, na figura de quem preside, todo o grupo se sente parte. Por sua força simbólica, todos se identificam e se sentem membros do grupo. A ausência total deste referencial gera um sentimento de caos e dispersão.

Quem preside deve se encher da compaixão de Jesus, abraçar todos os filhos e filhas que voltam para encontrar o Pai, dirigir-lhes um olhar de bondade, como o de Jesus na multiplicação dos pães (Jo 6,5). Os presidentes não podem esquecer que o Cristo lavou os pés dos presentes: “Não vim para ser servido, mas para servir".

Nenhum comentário:

Postar um comentário